terça-feira, 29 de junho de 2021

Épicos - cap. 2: Reunião pra decidir

 









Dona Luíza: Bem, chegamos. A casa é essa.


Olívia: Gostei, dona Luíza. Mas o valor eu achei um pouco alto: 400 por semana...

Dona Luíza: Nessa região você não vai encontrar casa mais barata. Se você quiser, pode dividir com alguém. Eu ponho mais uma cama no quarto.

Olívia: Não, obrigada. Eu prefiro morar só. Já estou saindo do alojamento em busca de sossego. Eu fico com a casa.

Apesar do preço, Olívia estava satisfeita com a casa. Finalmente tinha paz e tranquilidade.


Mais um dia se passou

Aquela noite no Epi-Centro não saía de sua mente.

Olívia (pensando): Que noite... Nunca pensei que entrar pra um clube fosse tão tenso! Mas acho que vai ser divertido! Tem pessoas bem legais, além de uns gatos... Como o Artur... Mas ele namora a Gisela... Também tem o Alfredo... Mas esse eu acho que tá interessado na Raquel...

Já era noite quando ela se levantou e foi revisar mais uma vez o trabalho, antes de enviar ao professor.

Olívia (ficando nervosa): Essa droga de sistema! Por que tá se recusando a enviar?!

Ela tentou várias vezes até que resolveu checar a data.

Olívia: Não é possível! Era até hoje e passou da hora! Eu jurava que era até a semana que vem.

Desolada, ela decide falar com professor no dia seguinte.

Olívia (pensando): Eu sei que pode não dar em nada, mas não custa tentar... E de lá eu vou pro Epi-Centro.

Na sexta, pela manhã

Olívia (pensando): Esse professor tem até secretária! Deve ter o ego maior que a universidade...

Secretária: Uma aluna do quinto período quer falar com o senhor. Olívia Ramires. Sim, senhor. ­__ voltando-se para Olívia __ Pode entrar.

Minutos depois

Professor: Senhorita Olívia, eu não posso fazer nada.  O prazo pra entrega do trabalho foi informado a todos no início do semestre. Quem não entregou até ontem, fica sem nota. É o seu caso, infelizmente.

Olívia (pensando): Sabia que não ia dar em nada! Não sei pra quê que eu vim...

Chegou ao Epi-Centro mais cedo do que previu.


Olívia (pensando): Tomara que já esteja aberto, se não vou ter que ficar tostando nesse solzão...

Pra sua sorte, Artur já estava lá.

Olívia: Bom dia, Artur.

Artur (olhou rapidamente para trás): Bom dia, Olívia.

Olívia: Parece que cheguei muito cedo...

Artur: Sem problema.

Olívia: Posso ajudar em alguma coisa?

Artur: Sim, pode limpar o bar, por favor?

Olívia: Claro.

Artur: A Kelly já te deu uma chave?

Olívia: Ainda não...

Artur: Ok. Vou falar com ela...



Olívia continuava inconformada com a história do trabalho

Olívia (pensando): Ainda não tô acreditando que vou ficar com zero, com aquele trabalho pronto. Tava impecável! Caprichei tanto... E no final, dei bobeira. Mas foi uma bobeira épica! Pra nunca mais esquecer! Putz... “Bobeira épica” foi triste... Ainda bem que ele não escuta pensamento...



Artur: Você parece triste, meu anjo. Aconteceu alguma coisa?

Olívia: Não, Artur.  Só tô um pouco desanimada...

Artur: Com o clube?

Olívia: Não, com a faculdade. Eu me dediquei tanto num trabalho, mas confundi as datas e perdi o prazo pra entregar...

Artur: Hum... Isso é mal. Mas não desanime! Você recupera!

Ela sorriu.

Artur: E quanto ao clube?

Olívia: Ah eu adorei o pessoal (ela não incluía Érick, Kelly e Viviane nesse “pessoal”) e esse lugar aqui é perfeito! Vocês que construíram?

Artur: Não, aqui era um galpão que tava sem uso, eu conhecia o dono e aluguei pra ser a sede do clube. Depois, com ajuda do pessoal, conseguimos comprar e ampliamos um pouco.

Olívia: Ficou muito bom mesmo.

Artur: Obrigado!

Olívia: Essa parte aqui me lembra uma boate que eu fui em San Myshuno uma vez. Mas parece que demoliram o local...

Artur: Ah eu sei qual era: a Panorama. Realmente lembra, sim... Você é de San Myshuno também?

Olívia: Não, sou de Selvadorada. Mas conheço bem San Myshuno. Adoro os festivais de lá. E você? É de onde?

Artur: Nascido e criado em San Myshuno...

Nesse momento começa a chegar mais gente


Viviane: Mas olha só quem está aqui a sós com o Artur.

Kelly: Será que veio falar que vai deixar o clube?

Viviane: É ruim... Ela parece que agora se interessou mais em ficar...

Depois dos cumprimentos

Kelly: Olívia, você pode nos ajudar no refeitório?

Olívia: Claro.

Kelly: Qual o curso você faz em Britechester?

Olívia: Comunicação.

Kelly: Ah eu também fiz esse curso. Me formei no ano passado. Viviane também tá cursando comunicação...

Viviane: Segundo período.

Olívia: Eu tô no quinto.


Momentos depois já estavam todos almoçando e discutindo a questão da boate

E continuaram o assunto por mais de uma hora

A maioria concordava, mas alguns ainda estavam indecisos e Artur só abriria a boate se a decisão fosse unânime.

O último a se decidir foi Érick, que se preocupava com a questão da segurança e esse foi o ponto mais discutido por todos.


Por fim, quando todos concordaram, alguns começaram a planejar a boate, enquanto outros entravam em assuntos diversos.

Ellen: Eu também entrei há pouco tempo no clube. Acabei de completar dezoito anos.

Artur: É, mas a cabeça ainda é de quinze... A permanência no clube vai depender do juízo!

Raquel e Betsy riam.

Olívia: Vocês são parentes?

Artur: Primos.

De repente Artur notou um comportamento diferente em Gisela e a chamou.

Artur: Que foi, amor? Tá tão séria...

Gisela: Nada...

Mas ele sentiu que tinha algo errado e preferiu ir com a namorada pra outra mesa.

Era a primeira vez que ela demonstrava ciúmes.

A conversa na mesa de Olívia ia mais descontraída, ainda mais quando Ellen soube que Olívia era de Selvadorada

Ellen: Ah eu acho linda aquela dança de lá! Você me ensina?

Olívia: Claro! Com muito prazer!

Raquel: Aliás, Olívia é professora de dança.

Viviane, percebendo que não tinha mais nada interessante pra escutar ali, se mudou pra mesa onde ainda se falava sobre a boate.

Érick: ...Bota todo mundo pra se revezar no bar...

Kadu (divagando): Eu fico com o suco de cevada...

Roque: Aterrissa, Kadu! 

Kelly: Eu pensei assim: nos dividimos em grupos. Um grupo se reveza no bar, outro na limpeza. Kadu e Érick cuidam da entrada...

Momentos depois eles desceram e Olívia ensinava às meninas a dança típica de sua terra, enquanto os demais ficaram no bar.

 

Olívia: Vai, Ellen. Agora é a sua vez.

Olívia: Isso aí! Você leva jeito!

Olívia: Agora vamos as duas! Pronta?

Nisso o pessoal já parava pra olhar a dança.



Alfredo: Olha só a Olívia! Hum... Gostei!

Viviane: Da dança ou da dançarina?

Gisela era olhando pra dança e pro namorado ao mesmo tempo.

Érick: Rapaz! Não é que a menina dança muito...

Kadu: Também quero dançar esse trem aí.

Danilo (sarcástico): Vai ficar lindo se requebrando assim...


Kelly: Acho que também vou querer aprender...











3 comentários:

  1. Ariana, estou amando essa turma!!!
    Eu ri muito com esse comentário:
    "Viviane: Mas olha só quem está aqui a sós com o Artur.". Rs...
    Parece que ela curte ver um fogo no parquinho. xD
    Mas ficou tão massa a conversa da Olívia com o Artur!
    E Gisela enciumadíssima, hein!
    Maravilhosa sua história! Parabéns!!! :D

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    1. Pois é, a Viviane é dessas... 😁 Obrigada por curtir a história!! Eu tô tentando postar com mais frequência agora, pois tive uns probleminhas com o computador. 😊

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  2. "Alfredo: Olha só a Olívia! Hum... Gostei!" "Viviane: Da dança ou da dançarina?" KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

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